Sem romantismo, mas com amor!
- Lidia Vas
- 22 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Gosto de pensar que o grande propósito da vida é aprender a amar. E ao longo da minha jornada, vejo o quanto o amor está presente em todos os aspectos:
no cotidiano, quando me levanto e acho o máximo ter mais um dia para viver minhas aventuras ou quando me deito, relembrando as lembranças importantes do dia vivido;
no meu trabalho, que levo tão a sério e que me dedico de corpo e alma;
com a família do meu coração, com a qual divido a existência, sonhos e até arranca-rabos;
com amigos que coloco em várias prateleiras suspensas, cada qual com seus valores, seus compartilhamentos, adicionando saberes ao meu viver;
com o dia a dia, que me valoriza a ponto de me deixar vivenciar experiências, mesmo que algumas delas sejam amargas…
Acho que consigo colocar uma boa pitada de amor em todas as questões que permeiam a minha vida, tendo em mente que nem sempre é o amor romantizado que me conduz os passos. Sim, pois somos bombardeados continuadamente com mensagens, imagens, sinais, comportamentos, experimentos que nos impregnam da crença que para ser feliz é absolutamente imprescindível que haja um amor romântico na nossa vida, um amor que nos ‘complemente’ e que seja a ‘nossa metade’.
Mas eu não entendo dessa forma. Claro que já tive minhas relações românticas, me casei, tive filhas maravilhosas e me senti amada, assim como amei muito também. Hoje, morando só com meus dois gatinhos e há 6 anos ‘solteira’, ainda sou muito cobrada por não ter um companheiro, afinal, ainda estou jovem, como não tenho alguém comigo pra me fazer companhia e me dar amor?
E quem disse que não tenho amor? Tenho filhas, netas, irmãos, genros, primas, vários amigos e tenho muito amor para cada um deles (incluindo meus gatinhos, tá?). Porém não se trata do amor romantizado, mas daquele que me preenche a alma e me faz sentir o coração feliz.
Concluo então que me sinto muito amada por mim mesma. Não vou negar que tem dias que até me faz falta um tanto de amor romantizado, desse que faz um cafuné, dá uma beijoka do nada, me prepara aquele cafezinho no meio da tarde e se aconchega ao meu lado, trocando ideias e dividindo sonhos, mas o que quero dizer é que enquanto ele não vem (e mesmo que não venha), estou muito feliz me amando... e tenho sido uma ótima companhia pra mim, sem romantismo, mas com amor!
Brené Brown, professora e pesquisadora da universidade de Houston e autora do livro "A coragem de ser imperfeito", diz: “É muito importante o quanto nos conhecemos e compreendemos, mas existe algo que é ainda mais essencial para uma vida integral e plena: amar a nós mesmos.”




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