No mês da mulher

Houve um tempo em que a mulher não era mulher, era um dote, um objeto de barganha, uma peça fundamental para consolidar alianças entre famílias nobres ou subordinadas ao patriarcado de pais e/ou maridos, muitas vezes submetidas a agressões, isolamentos e perseguições.

Com o tempo, e graças a revoluções históricas como a da Rainha Vitória (século XIX – Reino Unido) que se tornou a primeira monarca a se casar por amor com seu querido príncipe Albert, as relações e visão sobre a mulher foram mudando.

Chegamos ao século XXI e ainda ouvimos a tão famosa frase nas cerimônias: “eu vos declaro: marido e mulher” e, partindo dela, uma mulher só se torna mulher após seu casamento. Ou seja, independentemente de ter nascido sob o gênero feminino, ela não é mulher até que haja em sua vida, um homem para torná-la mulher!

Hoje só quero refletir no fato de que as mulheres conquistaram muitos espaços, tanto no âmbito familiar, quanto no profissional, graças a outras mulheres incríveis que lutaram e continuam lutando pelo posicionamento igualitário entre gêneros, entre seres humanos.

Ainda há muita estrada a ser desbravada, muitos conceitos e pré conceitos a serem derrubados (sou uma dessas provas, já que quando comecei a celebrar, também sofri esses abusos machistas), mas o importante é saber que a continuidade acontecerá de qualquer forma.

Aqui seguem alguns nomes que me inspiram na caminhada: Malala Yousafzai, Millicent Garret Fawcett e Emmeline Pankhurst, Diana Nyard, Anita Garibaldi, Maria da Penha, Irmã Dulce, Frida Kahlo, Marielle Franco, Alba de Céspedes e Joana Angélica d'Avila Meloclaro, além da Imperatriz Leopoldina e Rainha Vitória, claro. E tenho as minhas inspirações particulares de jornada: Sophia (mãe), Ana e Olga (avós), Camilla e Fernanda (filhas), Bel e Nina (netas), além de um universo feminino repleto de sabedorias e partilhamentos que me ensinam diariamente o grande valor de uma mulher. Obrigada!