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Na maturidade, o amor é menos efusivo, porém mais profundo

  • Lidia Vas
  • 23 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

Muitos acreditam que no crepúsculo da vida, onde as rugas contam histórias e os cabelos prateados narram décadas de experiências, o amor não tenha mais espaço para ser vivenciado, mas é na maturidade que algumas vezes ele se revela em sua plenitude, como um vinho envelhecido que desenvolve complexidade e profundidade ao longo dos anos. É um capítulo distinto, onde o afeto transcende as fronteiras do tempo e se transforma em algo sublime.


Segundo o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 30 anos desde 1940. E com certeza isso também se deve ao estilo de vida que vem se alterando com o passar das décadas. Hoje em dia, na academia que vou, vejo um grande número de frequentadores na faixa dos 80 anos, cheios de vida e de vontade de serem felizes. E claro que toda essa preocupação com a qualidade de vida impacta também na qualidade do amor a ser vivido.

Como celebrante de casamentos, já realizei muitas renovações de votos com 10, 20, 30 e 50 anos de casamento, mas já celebrei também o amor entre pessoas de mais de 40, 50 e 60 anos. Apesar de ainda sofrer preconceitos, o amor maduro é algo tão real quanto presente na atualidade. Adoro celebrar amores maduros, desses que nos fazem refletir na beleza do amor e na sua imortalidade.

colagem digital com dois cisnes na cor verde água, um de frente para o outro, envolvidos por nuvens, onde há a escrita "na maturidade, o amor é menos efusivo, porém mais profundo" em cima desses elementos, além do símbolo M de Montérna e Agápi por Lidia Vas.

Nessa fase da jornada, o amor é mais do que um simples arrebatamento de emoções. Ele se manifesta como uma parceria resiliente, construída sobre alicerces sólidos de uma compreensão mútua e aceitação incondicional. As mãos que se entrelaçam têm cicatrizes que testemunham desafios superados, e os olhares trocados carregam a sabedoria de uma vida compartilhada. Na maturidade, o amor é menos efusivo, porém mais profundo.


É a quietude reconfortante de estar ao lado de alguém que pode até conhecer todas as suas nuances, mas se não conheceu até esse ponto, terá maturidade e tempo para fazê-lo. A admiração vira uma forma especial de encantamento. É admirar não apenas a beleza exterior, mas a força interior, a resiliência diante das adversidades e a evolução constante que o tempo proporcionou. É reconhecer que as rugas são linhas de uma narrativa rica em experiências, e os cabelos grisalhos são fios que tecem uma tapeçaria de sabedoria.


O amor na maturidade é resiliente, resistindo aos desafios do tempo e das circunstâncias. É um compromisso de compreensão de que, embora o corpo possa envelhecer, o espírito do amor continua a florescer, criando um jardim perene de conexão e carinho. Nesse estágio da vida, o amor não é apenas uma chama, mas uma luz constante, iluminando o caminho da jornada compartilhada.


Vou dar uma dica, se você já assistiu, assista de novo e se não assistiu tente achar uma forma de conhecer o filme "Elsa & Fred - Um Amor de Paixão". Mas falo da versão argentina de 2005, do diretor Marcos Carnevale, cujos protagonistas (China Zorrilla e Manoel Alexandre), já falecidos, interpretam essas duas almas maduras na faixa dos quase 80 anos, que ao se depararem com esse sentimento, que aparentemente estava adormecido em seus corações, só buscaram ser felizes, mesmo enfrentando os preconceitos pelo tempo que durou. Um filme maravilhoso que nos faz refletir na beleza da vida, mas principalmente na força desse sentimento chamado amor!

 
 
 

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